A segurança pública é uma das questões que mais causa pavor em nossa sociedade. A criminalidade cresce, assusta; e isso também nos induz a pensar em novas soluções e estratégias para conseguir viver em paz.
Eu achei incrível a reportagem da Revista HSM. Ela traz exemplos de Cuba, Chile e do próprio Brasil, que inovaram na segurança de algumas comunidades locais. O sucesso da chamada “governança local” está fazendo com que os governos avancem com esses planos para outras áreas, como a saúde.
Um exemplo em nosso país está o caso do bairro da Freguesia do Ó, localizado em São Paulo (SP). Devido ao alto índice da violência no local, a Polícia Militar desenvolveu a ideia de criar um modelo de gestão operacional que envolvesse outros órgãos públicos e moradores do bairro. Essa nova proposta contava com a participação de cidadãos voluntários para estudar, elaborar e implantar soluções amplas para os problemas de segurança, batizado de “Gestão da Ordem Pública” (GOPL).
Depois de analisar as causas, responsabilidades e consequências dos problemas, foram desenvolvidas soluções para serem aplicadas por três plataformas que desenvolviam as seguintes atividades:
- Serviço público: as medidas incluíam trabalho de inteligência policial, prioridade ao disque-denúncia, atualização das prioridades de patrulhamento, fiscalização de estabelecimentos comerciais e etc.
- Responsabilidade social: ações de promoção dos direitos humanos e da cultura de paz nas comunidades locais, incentivo a participação comunitária dos organismos sociais (família, escola, igrejas…) e etc.
- Gestão governamental: diálogos entre autoridades representantes das diversas esferas do governo, buscando o entrosamento das ações e planos nos níveis estratégicos e político, por meio de comitês locais de trabalho integrado e audiências públicas.
Concluímos que essa forma de governar se apoia na participação conjunta desses três elementos: polícia, comunidade e órgão público. Cada um possui as suas responsabilidades e deveres e para o bem de toda a sociedade cada um cumpre com o seu papel. Tanto esse modelo paulista, como nos outros citados na matéria, tiveram sucesso nos locais aplicados.
Estes modelos buscam identificar, entender e analisar os crimes, para depois traçar estratégias e assim disseminar as responsabilidades. Nada mais justo, eficaz e correto. Que nossas autoridades e nós possamos nos inspirar!
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