O Maracanã da Apple

Comentário da matéria “O Maracanã da Apple”

Jornal Valor Econômico

A nova sede da Apple já foi assunto em nosso blog. A matéria “O templo de Steve Jobs”, escrita em 2011, nos trazia a magnitude dos sonhos do presidente da empresa em transformar a futura sede no “melhor prédio de escritórios do mundo”.

Um novo ambiente de trabalho, com 71 hectares de espaço, com direito a academias, refeitórios e áreas de convivência fez parte dos planos inovadores de Steve Jobs. Agora, dois anos após sua morte, comentaremos aqui sobre a frustração do projeto que se encontra atrasado e soma-se às atuais dificuldades da empresa da maçã.

“O início da obra previsto para o ano passado só deve acontecer em junho. Com isso, a data de entrega também foi mudada. Em vez de 2015, a promessa agora é de 2016”. – Este é um trecho da matéria “O Maracanã da Apple”, que faz alusão a obra planejada por Steve Jobs com os elefantes brancos, arquitetados para a realização de eventos internacionais e que, por muitas vezes, nunca terminam.

Na verdade, a não constituição de uma nova sede fortalece o boato de que a empresa se desvaloriza e não consegue manter-se no topo sem Jobs. As ações caem mês após mês, enquanto a Samsung vende cada vez mais seus smartphones, ocupando o lugar do iPhone nas vendas destes aparelhos.

Trata-se de um alarme? Não necessariamente. A Apple, com sua forte marca, tem clientes fiéis e ainda encanta um público aspirante por novas tecnologias. Cabem agora novas inovações que a despontem no mercado como pioneira em lançamentos de produtos. Foi assim que Jobs chegou ao topo e não pela promessa de uma nova sede.