Software da SAP passa a ser vendido sob marca de terceiros

Comentário da matéria – “Software da SAP passa a ser vendido sob marca de terceiros”

Jornal Valor Econômico

Há muito tempo, as maiores empresas de tecnologia do mundo perceberam o quão rentável é terceirizar alguns serviços para indústrias que estejam dispostas a “assumir” sua marca. Para você entender melhor, veja o relacionamento da Apple com a Foxconn: a primeira é responsável pelos projetos, pela inovação e pelo sistema operacional, enquanto isto, a segunda – empresa chinesa por origem – é responsável pela fabricação dos dispositivos, dos acessórios e demais hardwares. Uma parceria de sucesso que resulta em um único produto, reconhecido como um aparelho da marca Apple.

Esta simbiose de grandes atores na economia pós-moderna migra para outro território. Apesar de também ser do segmento de alta tecnologia, o setor de softwares aprende a dar seus primeiros passos nesta “terceirização” e dá os primeiros passos para o desenvolvimento de programas com marcas de outras companhias.

O Jornal Valor Econômico nos apresenta a experiência da empresa alemã SAP que adotou sua estratégia no Brasil. A primeira investida foi feita na área de softwares que analisam grandes volumes de dados e tendências de mercado, conhecidos como programas de “business analytics (BA)” ou “business intelligence (BI)”. Em nosso país, a companhia fechou acordo com 12 empresas de software e negocia com outras 18. Entre as brasileiras, destacam-se a Corpflex e SQLTech.

Em entrevista, Sandra Vaz, vice-presidente para ecossistema e canais da SAP, disse os benefícios desta estratégia com destaque para: oportunidade de ganhar escala e reduzir custos; ajuda a fortalecer esse segmento de mercado no país e facilitar o trabalho de instalação de redes integradas de BI nas empresas.

A SAP introduziu no Brasil um modelo de negócios que passa a se proliferar no mundo. IBM e Oracle fizeram uma série de aquisições internacionais ao longo de 2012. É uma estratégia que impacta diretamente no Brasil e no setor de TI. Empreendedores devem estar atentos às oportunidades e aos riscos que estas “parcerias” provocam. Estudar e acompanhar o desempenho destes “cases reais” é crucial aos empresários do segmento de software que buscam crescimento e manutenção no mercado.