Comentário da matéria “Eles sabem o que você está querendo comprar”
Jornal Valor Econômico
A prática de inserir dados pessoais em formulários na internet torna-se cada vez mais comum. A ascensão das redes sociais facilitou o hábito do cadastro e afastou o receio de muitos que preferiam se reservar. O uso da identidade real, apesar de voluntário, sucinta um debate antigo: como proteger a privacidade de cada indivíduo?
Um exame feito pelo The Wall Street Journal de quase 1000 sites importantes conclui que 75% agora incluem inserções de redes sociais, como o botão “curtir” do Facebook ou o botão “Tweet” do Twitter. “Esses botões podem vincular a identidade da pessoa à sua navegação em uma escala sem precedentes […]”, descreve o Jornal Valor Econômico. Outro estudo também realizado pelo WSJ, concluiu que em mais de 25% das vezes, os sites repassam a outras empresas informações pessoais como o nome real do usuário.
Já não é segredo que os sites utilizam destas informações como ferramentas preciosas nas políticas comerciais. Por meio de um banco de dados completo e verdadeiro, fica mais fácil fazer uma propaganda assertiva. A regulamentação, acertada no início de 2000, fixou que em nome do “anonimato”, estas informações só devem ser repassadas se forem criptografadas, mas nem sempre é o que acontece. Craig Wills, professor de ciências da computação no Worcester Polytechnic Institute, publicou uma pesquisa em 2011 mostrando que 56% de mais de 100 sites vazavam informações privadas não criptografadas.
A reportagem do Jornal Valor Econômico nos esclarece como o comportamento do internauta deve estar mais atento, ao mesmo tempo, em que as agências reguladoras devem modernizar e intensificar sua atuação nas plataformas móveis. Discutir privacidade é um assunto polêmico, que ainda se torna mais complexo no mundo virtual. Mas a ética e a transparência devem sempre pautar as relações da internet, que por sua vez é uma plataforma colaborativa e democrática.
Web Cams Sex
Faça um comentário