Comentário da matéria “Path, uma rede social só para os mais íntimos”
Revista Brasil 247
Você já se deparou com amigos “desconhecidos” em seu perfil do Facebook ou Orkut. Não se assuste se sua resposta for sim. A maioria coleciona inúmeros seguidores, mas não mantém vínculo de amizade com eles. Assim sendo, você restringe seus comentários e pensa duas vezes antes de publicar algo que possa não ser relevante àqueles que têm acesso a sua página ou simplesmente você não quer que todas as pessoas saibam detalhes de sua vida.
De olho neste comportamento dos usuários das redes sociais, a última novidade é o “Path” – a rede social que limita o número de amigos em 150. Ou seja, somente os amigos mais próximos farão parte da mesma rede. Além disso, o Path lhe permite escolher cinco amigos, aqueles escolhidos a dedo, para fazerem parte de um grupo seleto que tem acesso integral a algumas de suas publicações.
O Path ainda tem mais alguns diferenciais. Sua plataforma só funciona em smartphones, como modelos operacionais iOS ou Android, o que o torna ainda mais pessoal. E em seu conteúdo, não haverá espaços para publicidade, pelo menos é o que promete o vice-presidente, Matt Van Horn.
Toda a ideia do Path é inovadora, mas não tão recente como imaginamos. Filósofos como Confúcio, Platão e Aristóteles já haviam mencionado que cinco era o número máximo de amigos íntimos que alguém poderia ter. Como alusão histórica, resgatamos que cinquenta é o número médio de pessoas no acampamento de caça. Cento e cinqüenta é o tamanho médio de pessoas nos grupos neolítiocos, dos clãs, da sociedade pré-industrial, das cidades inglesas e outras comunidades humanas.
Segundo uma pesquisa da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, o cérebro humano é capaz de administrar um máximo de 150 amigos. A teoria batizada de “Número de Dunbar”, diz que o neocortex – parte usada para o pensamento consciente e a linguagem – limita a capacidade de administrar círculos sociais a até 150 pessoas.
Assim, faz muito sentido a ideia do Path. Será que as pessoas querem um momento ou um lugar mais íntimo com seus amigos na web? Isto, veremos! E com certeza, em breve, pois as redes sociais surgem tão rapidamente – e se as pessoas se adaptarem – mais rápido ainda viram um hábito comum em toda a parte do mundo.
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