Bem discretamente o sistema operacional de código livre Linux reinou em nosso planeta. Até mesmo gigantes da tecnologia se renderam, e além dos smartphones, o sistema também marca presença entre os carros, televisores, drones e até termostatos.
A insatisfação com sistemas operacionais já existentes fez o finlandês Linus Torvalds aos 22 anos criar um sistema operacional livre, ou seja, no qual permite os desenvolvedores manipular o seu código-fonte. Cada um pode adaptar as necessidades da empresa e compartilhar com outras companhias ou pessoas sem custo algum.
Hoje, segundo a consultoria W3Techs, o Linux é o sistema de 67% dos servidores da internet do mundo. Ele também está no Android, do Google, que equipa 84% dos smartphones vendidos no mundo. Outra que utiliza o sistema é a Microsoft, em sua ferramenta de computação em nuvem, o Azure. Além disso, gigantes como Facebook, Pinterest e Wikipedia também usam o programa criado por Torvalds. E não para por aí, como a internet das coisas cresce cada vez mais, com o Linux não é diferente. Ele está nos carros da Tesla, Toyota, Honda e Ford, nas tevês inteligentes da Samsung e LG, no Kindle da Amazon, em termostatos e drones. Apenas em nosso país, o Linux movimentou US$ 1,5 bilhão.
Estima-se que 13,5 mil desenvolvedores de 1,3 mil empresas já contribuíram com o sistema. Seu criador recentemente afirmou: “Não tenho orgulho de nenhum código que escrevi, porque eu mandava e-mails para muitas pessoas dizendo: ‘Ei, você é um expert nessa área, pode consertar esse código?”.
Torvalds não se envaidece por ter criado o Linux, já que ele sabe mais do que ninguém que foi a contribuição de milhares de outras pessoas que ajudaram a construí-lo. Contudo, ele deve sim ter orgulho por sua visão de futuro, por não ter se prendido a dogmas e crenças no qual afirmam que o compartilhamento é sinônimo de insucesso.
*Assunto baseado na reportagem da revista Isto É Dinheiro
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