Você já conversou com seu médico através do WhatsApp, por exemplo, para tirar alguma dúvida? Na hora de escolher um profissional você leva em consideração o fato dele ter disponibilidade para essas conversas on-line?
Uma pesquisa divulgada no ano passado pela britânica Cello Health Insight mostrou que 87% dos médicos brasileiros tinham usado o app para este fim nos trinta dias anteriores. Como afirma o cardiologista Nabil Ghorayeb, “uso o aplicativo para tranquilizar caso se trate de algo banal, mas mando na hora para o hospital se me relatam dor no peito ou mal-estar noturno”.
Outra interessante estratégia realizada por alguns médicos é a discussão de questões clínicas através de um grupo virtual, sempre resguardando a identidade dos enfermos. O cirurgião-geral José Francisco Farah disse que desde que criou um grupo em 2012, cerca de 500 casos foram analisado por 183 nomes de 62 cidades do Brasil. Um levantamento apontou que 90% das discussões ajudaram no tratamento. Eles debatem um caso de cada vez e utilizam atualmente, o Telegram.
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo prepara para realizar em 2017 um workshop para seus associados aprenderem a ler eletrocardiogramas e outros exames enviados por enfermeiras através do celular. “Recursos tecnológicos que auxiliam a atender a distancia são um caminho irreversível”, afirmou o presidente da entidade, Ibraim Masciarelli.
É comum que conforme se desenvolva novas tecnologias muitas áreas passem por mudanças, na medicina não poderia ser diferente. A tendência natural é que aparelhos cirúrgicos, exames, tratamentos, entre outros, fiquem mais eficazes. Mas desta vez algo mais específico está causando uma mudança no hábito de profissionais e pacientes: as novas ferramentas de comunicação.
Os profissionais da saúde como um todo – nutricionistas, fonoaudiólogos, etc – devem saber ponderar que tipo de informação é possível passar aos pacientes através de mensagens e quando o atendimento necessita mesmo ser presencial. Também é importante estabelecer limites nesta consulta para não causar desconforto dos dois lados, o médico pode já dizer de início o horário que fica disponível para responder as dúvidas, desligar o app nas horas vagas ou possuir outro aparelho somente para uso profissional. Já o que não pode faltar aos pacientes é bom senso, isso significa solicitar ajuda só mesmo quando for necessário.
*Assunto baseado na reportagem da revista Veja São Paulo
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