As empresas tradicionais de vários setores sabem hoje muito bem do poder dos novos negócios que vem da tecnologia. Conheça uma companhia americana de tecnologia financeira que pretende fazer o mesmo que o Uber fez com as frotas de táxi e Amazon com as livrarias.
Também chamadas de fintechs, as novatas do setor financeiro estão ganhando cada vez mais um espaço que antes era apenas dos bancos. A SoFi é uma delas.
Foi durante a faculdade de administração de Stanford, que Mike Cagney conheceu seus futuros sócios que o ajudariam a criar uma empresa com o objetivo de atuar em um mercado de empréstimos de pessoas para pessoas.
Eles pesquisaram sobre o assunto e descobriram que “os empréstimos estudantis eram interessantes: um mercado de US$ 1,3 trilhão, sendo que 65% dos alunos de faculdades de administração recorriam a empréstimos, pagando juros de 6,8% a 7,9% ao ano numa época em que o custo do capital era de 4,5%, desde que você pudesse administrar o risco”, como afirma a reportagem do Jornal Valor Econômico.
Com uma licença para emprestar dinheiro Cagney então conseguiu que 40 ex-estudantes dessem a ele US$ 50 mil cada em troca de um retorno de 5% ao ano. Ele pretendia fazer empréstimos de US$ 20 mil para 100 estudantes, cobrando juros de 6,25% e lucrando com a diferença.
Deu certo. Ao fundar a Sofi os sócios começaram fazendo apenas empréstimos estudantis, mas depois cresceu para um crédito mais generalizado, agregando hipotecas, empréstimos pessoais e gestão de fortunas.
Em quatro anos de existência a empresa afirma já ter ajudado cerca de 100 mil estudantes e que empresta todo mês US$ 1 bilhão. Tudo feito pelo smartphone. “Trata-se da recategorização do negócio. Não é banco transacional. Tudo tem a ver com dinheiro, carreira e relacionamento”, disse Cagney ao explicar que eles também prestam outros serviços aos clientes, como ajudá-los a encontrar emprego e melhorar o currículo.
Diante das dificuldades para realizar o que desejava Cagney destaca: “Uma das características mais importantes de um empreendedor é que você precisa ser obtuso o suficiente para não escutar quando todo mundo está te dizendo que você não pode fazer alguma coisa, mas não tão obtuso a ponto de tentar fazer carros voadores“.
Acredito que atualmente a área que mais tem utilizado recursos tecnológicos para oferecer experiências diferentes – e mais práticas – aos clientes é a financeira. As instituições estão longe de apenas observar a evolução dos processos sem participar de nada, elas estão trazendo startups e outros novos modelos de negócio para dentro do seu ecossistema na tentativa de acompanhar as atuais tendências e, é claro, sair à frente de seus concorrentes. E é exatamente isso que a gente tem visto acontecer, até então nenhuma novata causou realmente aflição nos bancos. Bom, até agora… Em um mundo de constantes mudanças de hábitos em detrimento dos avanços da tecnologia, não podemos duvidar do poder de ousadas ideias.
*Assunto baseado na reportagem do Jornal Valor Econômico
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