“Poderíamos esperar e acompanhar o ritmo dos fatos. Mas resolvemos fazer parte dessa história”, afirma o indiano Ajay Banga, presidente mundial da Mastercard, ao explicar como está mudando o modelo de negócios da companhia que durou por meio século.
A grande missão do executivo é transformar a Mastercard em uma empresa de tecnologia. Nesse sentido, concretiza uma série de mudanças. Primeiramente reformulou toda a sua cultura interna a fim de que todos os mais de 10 mil funcionários entendessem quais são os novos planos e aonde a companhia pretende chegar. Ele também optou por buscar profissionais de empresas de tecnologia e de outros setores para levar uma visão diferente para dentro da companhia. “No mesmo período, a quantidade de funcionários com menos de 30 anos passou de 9% para 37%. Foi um esforço consciência porque sabemos que é daí que a inovação virá”, diz Banga.
Projetos antes nunca pensados também tomaram forma, como um aplicativo conectado a uma máquina de levar que permite comandá-la à distância e realizar pagamentos da conta, ou aplicativos em alguns estádios que permite pedir comidas e pagá-la sem sair do assento. Além disso, foi criado o Mastercard Labs, um laboratório em Dublin, na Irlanda.
“Há tantas ideias surgindo a todo o momento que se torna quase avassalador dar atenção a tudo. Mas esse é um bom problema. Não ter ideias seria muito pior”, afirma o presidente.
As tecnologias avançam e o mundo passa por uma progressiva convergência entre o meio físico e digital. Isso também sugere que se a intenção não é ficar para trás ou ser apenas um expectador de todo esse novo contexto, é preciso arregaçar as mangas. Sendo assim, pense em novas estratégias, fique de olho nas tendências futuras, nos novos hábitos dos consumidores e procure inovar, sempre. Nem que isso implique em mudanças mais profundas, como na própria cultura de uma empresa.
*Assunto extraído da Revista Exame
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