As locadoras são mais um exemplo de um segmento que enfraqueceu devido à ascensão de novas tecnologias. Mas ainda há quem resista, e assim aposta na diversificação para não perder seus fieis clientes.
As nove mil locadoras que existiam no Brasil hoje somam apenas três mil. “Está difícil largar o osso. Gosto demais disso aqui”, afirma Paulo Sérgio, proprietário a 30 anos da Connection vídeo, em São Paulo. Paulo já teve mais de dez pontos de venda espalhados pelo Brasil, hoje possui apenas um.
Além da pirataria, o impacto ganhou ainda mais força com os downloads disponíveis na internet e posteriormente, os serviços de streaming, como o Netflix. Atualmente os donos das locadoras que sobreviveram, investem na diversificação de produtos, no atendimento personalizado e em um acervo com obras mais difíceis de serem encontradas na web.
Triste ou não, o fato é que com a evolução da tecnologia – isso inclui produtos, serviços ou até mesmo no atendimento – muitas coisas novas chegam e nessa mesma proporção outras são fechadas. Às vezes nós não percebemos tanto esse impacto meio grotesco, como no caso das locadoras. É claro que é visível perceber as poucas que ainda restam em nossas cidades, mas já parou pra pensar, por exemplo, quantos empregos chegaram ao fim e quantos empreendedores fecharam suas portas?
Apesar de ser dolorido para alguns, esse contexto é natural da nossa sociedade, da nossa evolução. Vale analisar nesse caso que as locadoras não tinham tanto ‘poder’ para enfrentar e bater de frente com as inovações, assim foi silencioso seu enfraquecimento. Mas a partir do momento que esses avanços atingem classes mais poderosas, como o setor de telecomunicação e taxistas, a história muda seu rumo e esses agentes lutam bravamente para não perder nenhuma parcela de seu domínio. Percebem a diferença? Entendem por que eu sempre comento aqui no blog que nós devemos nos opor contra esse movimento que só visa proteger interesses próprios?
*Assunto extraído do Jornal Folha de S. Paulo
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