Depois de vazar as fotos íntimas do ator Stênio Garcia e sua esposa, veio novamente à tona um assunto delicado: fotos sensuais que são compartilhadas através da internet e que sem o consentimento de quem tirou acabam sendo repassadas a pessoas desconhecidas.
Apenas no dia que essas fotos vazaram, a empresa de monitoramento Scup mediu 71 mil menções relacionadas à palavra “nudes” no Twitter. Um número três vezes maior que a média do mês. Em entrevista ao Fantástico no último domingo (4), o casal assustado disse que as fotos foram tiradas meses atrás e que ainda não fazem ideia de como elas foram repassadas a outras pessoas. O caso está sobre investigação.
O “manda nudes” se tornou uma expressão conhecida no meio online para o ato de enviar fotos sensuais principalmente por apps de mensagens, como o WhatsApp e o Snapchat.
Nos casos mais sérios, o vazamento de imagens já provocou até suicídios no Brasil. Segundo a ONG SaferNet, que oferece auxílio psicológico a vítimas do crime, das denúncias recebidas, 81% são de mulheres. Apenas no ano passado, ocorreram 224 casos desse tipo.
Será mesmo que vale a pena mandar pela internet suas fotos íntimas aoseu parceiro ou quem quer que seja? Essa perigosa decisão pode ter consequências graves para o resto da sua vida. Uma vez que qualquer coisa seja compartilhada na web, independente de suas ações pare reverter isso, é quase impossível se certificar que os artigos foram todos extintos.
As pessoas lutam pela privacidade, mas são elas mesmas que abastecem as redes com conteúdos que em algum momento podem prejudicá-las. Todo dispositivo está sujeito à invasão, seja por amigos, assistência técnica, familiares, entre outros. Há muita exposição, pouco cuidado com a segurança e depois se torna incoerente pedir por privacidade. Essa é uma conta que não fecha.
*Assunto extraído do Jornal Folha de S. Paulo
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