O Facebook restringiu a terceiros o acesso aos dados de seus 1,5 bilhão de usuários. Essa ação teve forte impacto no mercado e influenciou desde o fechamento de empresas até na futura campanha presidencial dos Estados Unidos.
São principalmente os desenvolvedores que utilizam esses dados para ampliar sua própria base de usuários e promover os seus negócios. Aplicativo como ‘Jobs with Friends’, por exemplo, que conectava usuários com amigos de amigos com interesses similares, não resistiu às novas regras e teve que fechar. Muitas outras startups que não fecharam, foram vendidas ou mudaram seus negócios.
Em relação às campanhas presidenciais, a equipe de Barack Obama em 2012 utilizou um app que identificava potenciais eleitores de Obama entre os amigos de um usuário do Facebook. Para a eleição de 2016, os políticos se apressam para encontrar uma nova maneira de acessar as conexões sociais dos eleitores.
O Facebook justificou que essas ações não “dificultam a construção de experiências sociais por desenvolvedores, mas simplesmente exigem que esses façam isso de forma a proteger mais a privacidade”, citou um porta-voz da rede social.
Em 2007 quando a rede social liberou as informações de sua companhia, o Facebook tinha 58 milhões de usuários e uma receita de US$ 153 milhões. Na decisão de limitar esses dados imposta em maio desse ano, o Facebook possui mais de um bilhão de usuários e deve gerar uma receita de US$ 17,2 bilhões.
Dá pra gente ter ideia de como o Facebook é poderoso, não é mesmo? Veja bem a capacidade da empresa de até mesmo influenciar uma campanha presidencial dos Estados Unidos. A rede social pode ter boas intenções com essas restrições ao proteger os nossos dados, mas não se pode negar que foi também uma tática muito bem pensada para enriquecer o domínio da super empresa de Mark Zuckerberg.
*Assunto extraído do Jornal Valor Econômico
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