Número de brasileiros em graduação no exterior aumenta 50%

Em 2016, dos 246,4 mil estudantes que deixaram o país para fazer cursos no exterior, 25,5% deles ingressaram em uma instituição de ensino superior — uma alta de 50% em relação a 2015. Há dois anos, eles representavam uma fatia de 19% dos 220 mil que foram estudar em outros países, segundo a Brazilian Educational & Travel Association (Belta), que reúne as agências de programas educacionais no exterior.

Segundo especialistas, esse salto está fortemente ligado a um esforço para obter formação profissional e acadêmica mais ampla e adequada a um mercado de trabalho globalizado. Também pesa o desejo de uma melhor qualidade de vida da parte de quem convive com a recessão e a violência. No entanto, a maior parte dos estudantes tem planos de retornar ao Brasil.

Antes, os brasileiros buscavam cursos de idiomas. Agora, a viagem de estudos é pensada como investimento direcionado à formação profissional, atento às oportunidades no futuro, explica Ana Beatriz Faulhaber, coordenadora regional da Belta no Rio de Janeiro.

O custo dos programas e cursos, porém, faz com que a demanda se concentre em estudantes da classe A. Nos Estados Unidos, um curso de graduação custa, em média, US$ 30 mil anuais, sem contar as despesas com moradia, alimentação e transporte. Isso equivale a R$ 93.700, ou um gasto mensal de R$ 7.808.

O grupo dos que vão estudar no exterior ainda é uma parcela muito pequena do já reduzido universo de brasileiros que chegam ao ensino superior. No Brasil, apenas 15% das pessoas com 25 a 64 anos concluíram o ensino superior, de acordo com o “Education at a Glance 2017”, estudo anual da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Esse desempenho está bem abaixo da média da OCDE, de 37%, e de outros países latinos, como Argentina (21%), Chile (22%) e Colômbia (22%). Dos brasileiros que cursam universidade, somente 0,5% estão fora do país. A média da OCDE é de 6%.

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