Há cerca de um ano comentei aqui no blog sobre uma jovem americana que prometia revolucionar a forma como se faz exames no mundo todo. Ela chamou a atenção e fez sua empresa arrecadar bilhões. Entretanto, seus dias gloriosos ficaram no passado.
Com apenas 19 anos, Elizabeth Holmes, largou a faculdade e fundou a Theranos, uma empresa de biotecnologia. Sua primeira invenção foi uma máquina capaz de analisar rapidamente exames a um custo baixo. Foi assim que ela chamou a atenção dos investidores e fez em 2013 o valor de mercado de sua empresa valer US$9 bilhões. Também dessa maneira que se tornou a mais jovem bilionária americana com uma fortuna de 4,5 bilhões.
Elizabeth traçou uma briga grande com laboratórios e dispensou o auxílio de especialistas da área, como os médicos. Mas todo esse alvoroço teve um fim trágico. Ela não conseguiu resolver os problemas de sua invenção e passou por uma série de fracassos. A Theranos já não vale absolutamente mais nada e ainda está sendo investigada pela justiça americana, acusada de ludibriar investidores.
Mesmo assim a ex-bilionária do Vale do Silício recentemente anunciou um novo equipamento. É o miniLab, uma máquina do tamanho de uma impressora capaz de realizar diversos testes com poucas gotas de sangue. Dessa vez ela também foi mais cautelosa com os especialistas. “Temos muito a fazer com a comunidade médica e eu gostaria de ter começado essa conversa antes”, afirmou.
Me impressiona como ela teve tanto poder em suas mãos, como foi aclamada pelo Vale do Silício e por investidores do mundo todo, e nessa mesma rapidez o jogo se inverteu. Possuir uma inovação disruptiva é como possuir uma bomba, você consegue desmembrar a ideia e torná-la palpável, realmente eficaz, ou você não faz nada disso e ela explode em suas mãos. A Theranos infelizmente se encaixou na segunda opção. Elizabeth é ousada por criar um novo produto sem ter resolvido o anterior, ela deve estar fazendo sua última aposta, ao menos nesse segmento. Conseguir de volta sua credibilidade vai ser talvez a tarefa mais difícil.
*Assunto baseado na reportagem da revisto Isto É Dinheiro
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