Você com certeza já deve ter usado o site Reclame Aqui para fazer algum tipo de reclamação ou ao menos averiguar se uma marca é mesmo confiável. Mas você sabia que o objetivo da plataforma não é apenas ajudar o consumidor?
Bom, se você ainda não utilizou o site é um dos que não faz parte das 10 milhões de queixas que foram contabilizadas apenas em 2015. A fama também se deve a rapidez para dar respostas ao consumidor em um índice de 80% de solução dos problemas. Além disso, são elaborados rankings de reputação.
A sede da empresa fica no bairro do Brooklin, em São Paulo, e possui uma equipe de noventa pessoas. Com 15 anos de existência o Reclame Aqui se tornou nos últimos tempos um dos mais importantes meios para resolver problemas entre empresas e consumidores.
Isso aconteceu mais propriamente em 2010 quando a companhia indexou suas reclamações junto ao maior buscador do mundo, o Google. Assim quando uma pessoa procura sobre um produto ou serviço aparece também às queixas que estão no Reclame Aqui. Foi dessa forma que as empresas citadas começaram a dar mais atenção ao site.
Pelo menos a mim, a surpresa foi ter conhecimento de como os nove sócios do Reclame Aqui conseguiram encontrar uma maneira de lucrar – e muito – com a plataforma. A previsão é fechar 2016 com um faturamento de 24 milhões de reais.
Para alcançar esse número a empresa vai atrás das marcas citadas em seu site e oferece um software, chamado HugMe, que funciona como um gerenciador de reclamações que monitora e responde às queixas registradas na internet e redes sociais. Atualmente 417 marcas utilizam a solução.
O Reclame Aqui permeia as duas pontas desse sistema: um é ao lado dos consumidores ao fornecer espaço para que eles expressem seus desapontamentos com produtos e serviços, cobrando também soluções rápidas das marcas citadas; outro é ao lado das empresas fornecendo meios para que elas contornem as reclamações citadas e melhorem sua reputação. O site se beneficia tanto dos problemas como das soluções, atua em benefício tanto do consumidor como das companhias. Uma estratégia bem elaborada, lucrativa, mas que para muitos foge da ética. De qualquer maneira, isso ainda não virou um problema para o site e eles muito menos estão preocupados em achar uma solução para essas opiniões.
*Assunto baseado na reportagem da revista Veja São Paulo
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