Com criptografia, WhatsApp dará às pessoas privacidade

 

‘As mensagens que você enviar para esta conversa e ligações agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta. Toque para mais informações’.

Já recebeu essa mensagem no WhatsApp? Se você realizou a atualização do aplicativo, certamente sim. Ao fazer o upgrade da ferramenta o seu celular vai possuir um novo recurso que segundo seus fundadores têm o objetivo principal de proteger a segurança e a privacidade das suas informações.

“Há cibercriminosos e regimes totalitários que podem perseguir pessoas porque elas pensam diferente, porque são gays ou porque têm uma outra religião. […] Você precisa ter a certeza que a sua conversa não está sendo grampeada por uma ditadura, um hacker ou seja lá quem for”, explica Jan Koum, cofundador do WhatsApp.

Na criptografia de ponta-a-ponta (“end-to-end”, em inglês) apenas as pessoas na conversa podem ler as mensagens, nem as próprias companhias podem acessar a comunicação. A mensagem é codificada antes de ser enviada e só decodificada quando chega ao destinatário, não permite assim que ela seja interceptada.

Ficou ainda mais difícil o WhatsApp colaborar com as autoridades do mundo, isso inclui o Brasil que por mandato da justiça já suspendeu o app por 12 horas e em outro episódio prendeu por um dia Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook (dono do WhatsApp). Os criadores do programa afirmam que já não armazenavam as mensagens nos servidores, portanto uma vez que a conversa é apagada não conseguem mais acessá-la. Com essa criptografia, isso ficou mais complicado.

Somente no Brasil são 100 milhões de usuários, no mundo representa 1 bilhão. É muita gente, e obviamente, muitos criminosos também. É bom por um lado saber que as nossas conversas não podem ser rastreadas por terceiros, mas não sei, fico na dúvida se essa é uma decisão tão boa. “Quem não deve não teme”, será que poderia empregar esse ditado popular nesse contexto? Pessoas de bem não precisam esconder nada, governos requerem acessar informações de traficantes, pedófilos, assassinos. A criptografia dificulta essa possibilidade.

 

 

*Assunto baseado na reportagem do jornal Folha de S. Paulo

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