Startups brasileiras de tecnologia miram seus negócios para um dos ambientes – talvez o mais – inovador do mundo, o Vale do Silício. Competir por lá não é nada fácil, mas a recompensa pode ser valiosa.
“Há uma onda de empresários vindo para cá. Muitos nos procuram em busca de contatos, acesso a investidores ou conselhos de nossos mentores”, diz Margarise Correa, da Bay Brazil, ONG que presta assessoria a empresas que estão chegando ao Vale do Silício.
Além de ser um polo da inovação, a região possui estrutura e um ambiente propício para os negócios: boas ideias que podem ser muito bem apoiadas financeiramente e de forma intelectual por investidores, fundos de capital, entre outros.
Outro fator relevante envolve a ausência de burocracia e o apoio às companhias. Enquanto é preciso esperar cerca de 80 dias para abrir uma empresa no Brasil, nos Estados Unidos o tempo é de seis dias. Os impostos no território americano representam 44% do lucro das empresas. No Brasil, quase 70%. – Uma extorsão declarada.
Acredito que a maioria das empresas principalmente envolvidas com tecnologia sonha em um dia ter seu negócio presente no Vale do Silício. É sem dúvida estimulante estar ao lado de quem começou pequeno – assim como a maioria das startups – e ganhou proporções estrondosas globalmente, como o Google, Facebook, Apple, e até mesmo outras novatas que progressivamente ganham força. Mas não é tão simples quanto pode parecer. É necessário já ter certa bagagem que envolve uma brilhante ideia, um serviço ou produto que já foi ao menos parcialmente aceito, uma bela equipe e recursos financeiros. Estar ao lado de gigantes, tem seu preço.
*Artigo baseado na reportagem da revista Exame
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