Um dos maiores especialistas em inovação, o americano de 63 anos, Clayton Christensen, diz que o investimento em inovação muitas vezes acaba até piorando uma economia em crise. O professor da Universidade de Havard também fala que nesses momentos não basta investir apenas em produtividade.
Christensen explica que há três tipos de inovação:
Sustentadora: o propósito dela é fazer com que os bons produtos que já existem fiquem melhores. Elas substituem o antigo pelo novo, o que é importante para manter a concorrência entre as empresas e a rentabilidade dos negócios. Mas ela não cria novos postos de trabalho.
Eficiência: é importante porque permite fabricar um produto ou prestar um serviço com menos capital, aumentando a produtividade. O lucro aumenta. Mas, como consequência, ela elimina empregos.
Disruptiva: cria novos mercados, porque permite baratear produtos ou serviços que, historicamente, eram inacessíveis à maior parte da população.
Para ele, é somente essa última que consegue tirar uma economia da crise, por sua capacidade de gerar crescimento. “Toda a cadeia se beneficia, porque é preciso contratar mais pessoas para criar, produzir, vender e servir essa inovação”, argumenta o professor. Ele dá o exemplo da indiana Godrej que criou uma pequena geladeira, vendida por 39 dólares, no qual permitiu que muitos indianos de baixa renda tivessem pela primeira vez esse eletrodoméstico.
É interessante refletir sobre essa tese de Christensen. Acredito que qualquer tipo de inovação soma positivamente de alguma maneira e, que em momentos de crise no qual se tenta evitar que negócios sejam fechados, torna-se natural que empresas queiram criar estratégias que vão dar resultados imediatos, por isso investem em inovações do tipo sustentadoras e de eficiência. Assim deixam de lado as disruptivas, pois elas produzirem resultados em longo prazo. Talvez seja esse o motivo das companhias deixarem ela para segundo plano ou outro momento que não seja em uma economia em recessão. Também vale lembrar que é necessário estar preparado para enfrentar muitos desafios na escolha das inovações disruptivas. Como sempre comento aqui no blog, muitas vezes os modelos tradicionais (companhias e profissionais) sentem-se ameaçados e, é aí que se inicia uma guerra frente às inovações. Eu digo sobre as criações que atingem todas as classes, já Christensen cita principalmente aquelas capazes de baratear produtos e serviços e torná-los acessíveis a toda a população. De qualquer forma, devemos pensar fora dos próprios interesses e expandir nossas ideias, agir em prol da sociedade como um todo também nos beneficia futuramente.
*Assunto extraído da Revista Exame
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