Esqueça aquelas afirmações que a internet é uma vilã da escrita. Novos estudos, análises de profissionais e dos próprios usuários do mundo on-line falam com convicção do efeito positivo que a web trouxe para a escrita.
A verdade é que nunca se escreveu tanto. Segundo algumas estimativas, a cada minuto os usuários do Twitter postam 300 mil vezes, são escritos 200 milhões de mensagens de e-mail, e no Facebook 2,5 milhões de post são compartilhados e 510 comentários postados.
A leitura e a escrita tem efeito direto no cérebro. Ajuda, por exemplo, a organizar o conhecimento, a esclarecer dúvidas e fazer análises. E isso inclui até mesmo a escrita informal característica das redes sociais – Facebook, Twitter, WhatsApp – que possui muitas vezes textos curtos e superficiais, abreviações, ausência de pontuação e os famosos ‘emotions’.
“Se o texto é adequado ao contexto comunicativo, se a linguagem usada é adequada ao receptor da mensagem, a função da escrita foi cumprida”, afirma a professora Karlene Rocha da PUC-SP e doutora em língua portuguesa.
O hábito de se expressar nas redes sociais, de escrever e-mail, em blogs e etc. ajuda a treinar a escrita. Todas essas informações e opiniões compartilhadas desenvolvem o raciocínio de cada pessoa, enriquece o vocabulário e diversifica as ideias.
Além disso, Suzana Vez Húngaro, coordenadora de língua portuguesa do Colégio Bandeirante, explica: “Os alunos não usam a mesma linguagem para tudo o que escrevem. Mesmo dentro da internet”. – No Facebook escrevem de um jeito, no WhatsApp de outro, e em e-mails com professores também é diferente.
Talvez a internet nesse quesito tenha sido acusada injustamente. Confesso que no primeiro momento da ascensão dessa ferramenta – e em meio a tantos erros de português observados -, também acreditei que o meio on-line seria no futuro um imenso problema para a escrita. Sinto-me aliviado, realmente faz todo sentindo a análise discutida na reportagem.
Fonte: Época
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