Se você tem filhos, vai entender bem sobre uma incógnita que já há algum tempo vem rondando os pensamentos de nós, pais: você se sente culpado ao ver seu filho hipnotizado em frente à tablets e/ou smartphones, ou fica entusiasmado com as possibilidades que os meios digitais oferecem?
Essa dúvida dos pais permeia também as grandes marcas de brinquedos. Essas companhias estão tentando descobrir a fórmula certa para agradar a todos, e conseguir misturar jogos digitais com brinquedos tangíveis.
A Mattel, por exemplo, desenvolveu a Barbie Fashion Design Maker, no qual as meninas podem criar trajes do tamanho da boneca Barbie num computador ou tablet e imprimi-los num tecido colante. A fabricante Hasbro criou o N-Strike Elite Nerf Cam ECS-12, uma arma de brinquedo que tem uma câmera acoplada e dispara dados de espuma; os melhores tiros podem ser gravados e enviados para o Youtube ou para amigos via smartphone.
Acredito ser difícil se posicionar sobre esse assunto. Por um lado, não acho positivo deixar que nossos filhos passem horas em frente a uma tela e se esqueçam dos prazeres de correr, pular e interagir com outras crianças. Mas, também não me parece ser coerente inibi-los quanto ao uso da tecnologia que ajuda a desenvolver a criatividade e aproximar as crianças de um mundo cada vez mais digital.
Fonte: Jornal Valor Econômico
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