O que você acha de uma empresa sem líderes? Uma gestão horizontal, em que cada membro do grupo tem exatamente o mesmo poder de decisão? Será que funciona?
Holocracia é o termo utilizado para definir uma nova visão sobre a governança das empresas, baseada na experiência de grupos colaborativos, em que todos têm um objetivo comum e trabalham para alcançá-lo. A palavra é derivada do grego holon, que significa “um todo que faz parte de um todo maior” + *kratía, força, poder, e foi criado pela consultoria HolacracyOne.
Definida como uma “tecnologia social” por seu criador, o consultor e ex-empreendedor de tecnologia Brian Robertson, a holocracia extingue a tradicional estrutura piradamidal, em que o poder vem de cima para baixo. Em vez disso, a organização passa a funcionar em círculos semi-independentes que englobam uns aos outros.
Um dos maiores exemplos da adoção da holocracia pelas corporações é a empresa americana de comércio eletrônico Zappos, que tem 1500 funcionários. Desde agosto do ano passado, não existe uma hierarquia formal, lá as pessoas podem ter vários papéis diferentes. O objetivo é aumentar o nível de responsabilidade, já que os empregados passam a responsabilizar e a serem responsabilizados por todos os seus colegas de trabalho. O sistema pretende, também, dar total transparência aos processos administrativos e com isto, resolver rápida e publicamente as fontes de tensão e de lentidão.
Nesta busca por mais produtividade, agilidade e também captar novos talentos, outras companhias como a gigante de tecnologia IBM e grandes grupos brasileiros como a Odebrecht estão adotando sistemas parecidos. Estas empresas são muito menos hierárquicas. No lugar de vice-presidente, diretores e gerentes, há um corpo executivo que define a estratégia da companhia e seus projetos, e uma série de áreas que se auto se organizam para entregar o prometido no prazo combinado.
A Revista Exame fez uma matéria sobre o tema. Indico a leitura dela e também de outros materiais disponíveis na internet. Apesar das desconfianças com a holocracia, não podemos ser preconceituosos. Devemos estudar melhor novos tipos de governança e estar abertos às mudanças. Uma gestão empresarial sempre deve se reciclar e estar comprometida com a motivação e satisfação dos colaboradores, incentivando-os a serem mais criativos, produtivos e felizes.
Fonte: Revista Exame
Web Cams Sex
Como é interessante observar a tentativa das pessoas em dar nova cara para as coisas antigas. Se há um círculo mais “baixo” sempre ligado a um “superior”, a estrutura hierárquica já está configurada. Isso não quer dizer que o método não seja válido. Tanto acho que assim é, que já implantamos algo bem parecido (inclusive na representação gráfica) na última empresa onde fui executivo.
Se a proposta é “Basicamente, a ideia é estruturar a companhia com base nas funções que ela necessita, e não nas pessoas responsáveis por esses trabalhos”, essa estrutura nos remete à gestão baseada em processos combinada com a teoria do Empowerment, que parte da ideia de dar às pessoas o poder, a liberdade e a informação que lhes permitam tomar decisões e participar ativamente da gestão da organização.
Essa combinação de teorias organizacionais é natural e muito eficaz na melhoria dos processos empresariais, pois abrem a possibilidade de se aplicar estilos de gestão mais adequados a cada companhia.
As cooperativas de trabalho adotam uma filosofia que se aproxima bem dessa proposta, pois todos são donos do negócio, que serve para aproveitar o potencial produtivo de cada indivíduo e criar um organismo empresarial capaz de competir com grandes companhias. Mas, mesmo nesses casos, existe um condição hierárquica presente e necessária a todo organismo, nesse caso, o colegiado superior de cooperados que tem autoridade sobre as estrutura inferiores de gestão.
Não devemos olhar para a hierarquia como algo pernicioso. São, em geral, as pessoas que não se adaptam às teorias organizacionais e não o contrário.
Mas isso é apenas a minha breve opinião sobre o tema. Para um enfoque mais profundo, vamos precisar do espaço de um livro.
Nota 10 (sempre) a Reilly por estar sempre mostrando e provocando discussões atuais e relevantes.
Dez com louvor a Jefferson por seu comentário. Colocado, corerente e muito inteligente. Obrigado professor por nos lembrar que temos vida inteligente entre nós.
Sempre aparece alguém com um modelo novo que nada mais é que um nome diferente para tudo aquilo que já vimos ou fizemos no passado. Só serve mesmo para que ele venda livros e faça que alguns gerentes pareçam modernos e inovadores.
É preciso sim que as empresas continuem procurando excelência em gestão e se adaptando e criando.
É preciso sim que autores continuem escrevendo e propondo, que Reillys continuem atentos pesquisando e nos provocando, mas acima de tudo é preciso que sejamos todos Jeffersons e que tenhamos um olhar crítico, coerente e inteligente.
Parabéns a ambos.
O segredo estará na priorização e organização das atividades a serem executadas,assim pode ‘se buscar a melhoria continua.