Comentário da matéria “Movimento Constante / Conta pagamento estimula inovação”
Jornal Valor Econômico
50 milhões de brasileiros com idade acima dos 18 anos não tem conta no banco. Esta exclusão do sistema financeiro formal impulsionou uma correção na legislação. A lei 12.865, de 9 de outubro de 2013, estabelece as regras para a prestação do arranjo de pagamento, uma forma de serviço que dispensa a conta bancária e vincula depósitos e saques a um número de celular.
Deste gancho, os bancos se preparam para adotar novas estratégias tecnológicas. A aposta é aperfeiçoar produtos e soluções de canais digitais que permitir transações pelo celular mesmo que ele esteja sem sinal, a compensação de cheques eletrônicos ou até o saque de dinheiro por um relógio inteligente com o cartão de crédito embutido.
“O aumento do acesso à rede de computadores nas residências, além do número crescente de smartphones, que até 2015 vão representar mais da metade das vendas de celulares no país, tem estimulado o banco a expandir a oferta de produtos e serviços em canais como o mobile e o internet banking”, disse Fernando Diaz, diretor-executivo de TI do Santander, o banco que mais destina recursos à tecnologia da informação no Brasil.
O Jornal Valor Econômico enaltece à rápida evolução da tecnologia nos bancos. “Mais de trinta anos depois da introdução dos primeiros computadores, que informatizaram as contas correntes, e uma década após a incorporação dos caixas eletrônicos, que deram maior praticidade ao atendimento, chega aos bancos a terceira onda tecnológica com a promessa de relegar às agências o papel de sala de visita dos clientes”.
Em cinco anos, as transações bancárias passaram de 20 bilhões para 35,7 bilhões por ano, as operações pela internet saltaram de 30% para 39% do total e as feitas por mobile banking saíram de 0,04% para 2,3%. Enquanto isso, nas agências, o movimento caiu de 18% para 11% e nos terminais de ATM de 33% para 26%.
Novas tecnologias que aumentam a segurança da informação e agilizam os procedimentos bancários. Será que são os usuários que acompanham a evolução dos bancos ou as instituições bancárias que correm para corresponderem às exigências de seus clientes? Enfim, este setor desponta como um dos maiores estimuladores da tecnologia, inovação e novos comportamentos.
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