Comentário da matéria “Cadê o motorista?”
Revista Veja
“Os carros autônomos serão a próxima revolução no mundo dos automóveis e poderão estar nas concessionárias em 2020”, disse o brasileiro Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault Nissan no Salão do Automóvel de Frankfurt.
Apesar de existir o protótipo da Nissan, assim como o Mercedes Intelligent Drive, carro capaz de acelerar sozinho, é aqui no Brasil, mais precisamente na Universidade de São Carlos, em São Paulo, que está uma das experiências mais avançadas de um automóvel autônomo, ou seja, que anda sem motorista.
O projeto CaRINA (Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma) conta com cerca de 15 pesquisadores da universidade. A partir de antenas, sensores e computadores acoplados ao carro, o sistema Ubuntu é o verdadeiro cérebro do carro, responsável por interpretar as informações e conduzir o automóvel.
Tecnologia brasileira que recebeu aportes de agências de fomento, como a Fapesp, órgão como o CNPQ e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Cítricos. Agora, o desafio está em ter apoio jurídico para poder testar o carro nas ruas, além de segurar os talentos que desenvolvem a tecnologia embaraçados no CaRINA.
O Brasil pode ser o pioneiro nesta nova revolução. Para tanto, não bastam os talentos, mas sim um esforço conjunto da academia, políticas públicas e sociedade. O sistema de trânsito precisa adaptar-se às novas tecnologias e se tornar usual ao carro sem motorista. Um jeito mais preciso de dirigir que evita acidentes e poupa vidas.
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