Berçário de Inovação

Comentário “Berçário de Inovação”

Revista Info

            Tirar uma ideia do papel e transformá-la em um negócio não é uma atividade fácil, principalmente para aquelas pessoas que não possuem conhecimento ou experiência com gestão empresarial. Para auxiliar a todos estes empreendedores, existe uma receita repetida em diversas partes do mundo: as incubadoras de empresas – um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenos empreendimentos, oferecendo infraestrutura física, suporte técnico e gerencial, além da capacitação profissional.

            No Brasil, existem cerca de 400 incubadoras em atividade, com 6300 empresas em criação ou já no mercado. Somadas, movimentam 3,5 bilhões de reais por ano. O resultado principal é medido no sucesso dos empreendimentos incubados. Somente entre 5% e 10% dos projetos fracassam após dois anos, número bem menor que o índice de mortalidade das pequenas e médias empresas criadas fora dessa proteção, hoje de 27% nos primeiros dois anos, segundo o Sebrae.

            A Revista Info, em sua reportagem “Berçário de Inovação”, nos mostra o case da maior incubadora da América Latina: o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), criado em 1998 pela Universidade de São Paulo (USP), já transformou em empresas mais de 100 projetos promissores. Atualmente, mantém 114 negócios, tocados por 922 pessoas. A missão é oferecer infraestrutura e ferramentas de gestão para empresas nascentes, principalmente as que têm por trás uma inovação tecnológica.

            O Cietec é um case de sucesso dentre as incubadoras brasileiras e deve ser um exemplo para os planos do governo federal. O Ministério da Ciência e Tecnologia assinou um protocolo de intenções para abrir seis incubadoras no país. Elas se concentrarão em startups nas áreas de games, mobilidade, petróleo e gás, saúde e educação. Além disso, a Anprotec, associação que reúne as incubadoras brasileiras, e o Sebrae criaram o Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), que funcionará com uma certificadora de incubadoras.

            Iniciativas como as supracitadas reforçam as tarefas em conjunto, de diversos atores no cenário nacional, para que o empreendedorismo seja estimulado e facilitado, como uma das principais forças motrizes da economia de nosso país. Se você tem uma grande ideia, busque o apoio de uma incubadora, e não desista de ter seu próprio negócio. É preciso atuar em parceria e buscar a profissionalização contínua. Esta é a sua vez.