A cidadania passa pelo on-line

Na sociedade pós-moderna, o conceito de viver em cidade está cada vez mais complexo. Um maior número de pessoas está nos centros urbanos e carecem de processos públicos cada vez mais eficientes. Experiências bem-sucedidas demonstram que a tecnologia é a ferramenta que pode trazer a modernização das cidades e promover a qualidade de vida de seus habitantes.

‘Cidade Digital’ é o termo utilizado para descrever as práticas de modernização tecnológica dos centros urbanos, de forma sistêmica, abrangente e progressiva. A criação de um ambiente digital impacta na qualidade dos serviços públicos prestados à população, estimula o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico, possibilita a educação integral do ser humano; enfim, cria uma nova perspectiva de cidadania por meio da inclusão digital.

O primeiro passo para a implantação de uma ‘Cidade Digital’ é a conexão à internet banda larga. Neste sentido, o Brasil tem que avançar várias posições para garantir a convergência digital por completo. De acordo com o Índice de Tecnologia da Informação (ITI) divulgado em abril de 2011, o país ocupa o 56º lugar na comparação mundial de uso da Tecnologia da Informação e o oitavo quando colocado ao lado somente de países emergentes.

Os números refletem um pequeno avanço para o Brasil, que em um ano subiu cinco posições no Índice de Tecnologia da Informação. Este progresso deve-se principalmente ao setor privado, que investiu na infraestrutura e nos planos de banda larga à população. Dentre os fatores que emperram a convergência digital do país está a alta carga tributária, o que, por consequência, impacta nos valores dos produtos e serviços de TI, considerados salgados pelo consumidor final.

Para uma alteração rápida deste cenário, governantes das esferas públicas federais e estaduais recorrem a planos focados no desenvolvimento da área tecnológica e do incentivo à inovação do setor produtivo. Existe um consenso que a convergência digital é necessária para que o Brasil continue crescendo e possa ter garantida uma mão de obra qualificada e preparada para as exigências do mercado, uma camada intelectualizada capaz de gerar conhecimento científico e integrar nossa sociedade às tendências mundiais de comunicação.

O governo federal já anunciou o Plano Nacional de Banda Larga, que promete junto às operadoras de telecomunicações oferecer planos mais acessíveis de internet à população. O objetivo é oferecer conexão a velocidade entre 512 Kbps e 1 Mbps, ao preço de R$ 29,00 a R$ 35,00.

Em nosso Estado, temos o Goiás Conectado, um programa inovador que busca promover a convergência digital, democratizar o acesso a internet e trazer à tona os benefícios reais da modernização tecnológica. O projeto pretende modernizar o interior ao levar o sinal digital e a internet, promovendo assim a democratização da banda larga e a inclusão sociodigital do cidadão.

Atualmente, o programa trabalha para promover a conexão entre os órgãos estaduais. A principal intenção com esta medida é fazer com que o “e-Gov” – ou “Governo Eletrônico” – aconteça na esfera pública goiana, proporcionando a desburocratização dos processos públicos e a transparência mediante a possibilidade de vigilância do cidadão. Hoje, Goiás quer se distanciar dos números de apenas 35% da população brasileira que usa os serviços de e-Gov.

De forma abrangente, Goiás Conectado quer materializar o conceito de ‘cidades digitais’ nos municípios goianos. A inclusão digital será o pilar para promover a modernização e a integração de áreas como educação, saúde e segurança. A cibercidadania garantirá qualidade de vida e melhores condições para que os goianos possam competir no cenário nacional e internacional.

Artigo publicado em 24/05/2011 no Jornal O Popular

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