Analfabetismo digital… Uma nova forma de exclusão

Dominar novas tecnologias tornou-se fator preponderante o êxito, e, principalmente, para o acesso ao conhecimento, impedindo assim, a exclusão do indivíduo às oportunidades de inserção na sociedade.

A meta do Governo é aumentar o número de usuários da Internet no Brasil de 54 milhões para 90 milhões. O perfil básico desses internautas é composto por moradores de cidades, com idades entre 16 e 24 anos e pessoas com nível superior e renda superior a 20 salários mínimos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), impulsionada pelo Distrito Federal, a taxa de uso da internet na região Centro-Oeste é a segunda maior do País, com 39,4% de habitantes com acesso, atrás região Sudeste com índice de 40,3% de habitantes.

O objetivo da política de governo é garantir os meios e a capacitação para acessar, utilizar, produzir e distribuir informações e conhecimentos por meio das tecnologias da informação e comunicação – TIC, para que os brasileiros e instituições em geral possam participar efetivamente da sociedade do conhecimento.

Em 2005 o governo lançou o Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, que já investiu cerca de R$ 500 milhões em 20 projetos ligados aos ministérios da Comunicação, da Ciência e Tecnologia, da Educação, do Orçamento e Gestão, a saber: Programa Computador para Todos, Proinfo Integrado, Banda Larga nas Escolas, Um Computador por Aluno, Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, Apoio Nacional a Telecentros, Observatório Nacional de Inclusão Digital, Projeto Computador para a Inclusão Digital, Oficina para Inclusão Digital, Programa GESAC, Telecentros Comunitários para Municípios, Infraestrutura de Redes de Suporte de Telefonia Fixa para Conexão em Banda Larga, Casa Brasil e Programa de Inclusão Social e Digital.

Em 2008, o governo criou o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital para ampliar os resultados do Programa. Ainda nesse mesmo ano, a PNAD/IBGE registrou que 68,8% dos domicílios brasileiros não têm computador e 23,5% daqueles que têm, não possuem acesso a Internet. Em pesquisa do IBGE e do Comitê Gestor da Internet, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, os problemas de Inclusão Digital estão relacionados a:

  1. Índice de distribuição de renda e de educação no País
  2. Custo elevado do computador
  3. Falta de habilidade com tecnologias digitais – 61%
  4. Falta de necessidade/interesse – 44%
  5. Falta de condições para pagar o acesso – 23%
  6. Não ter onde acessar – 21%

De acordo com a pesquisa, nas áreas rurais o problema é ainda maior, pois apenas 7% dos domicílios rurais possuem computador, devido ao custo elevado atrelado a falta de habilidade.

Segundo o Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, “A Internet no Brasil é restrita aos 10% mais ricos, que concentram a maior penetração, em torno de 75%. “Quanto maior a renda maior o acesso a internet”.

Resumo das Estatísticas:

Perfil dos Usuários:

  1. 23% de analfabetos com idade entre 15 anos
  2. 7% domicílios rurais têm computador

Pontos de acesso:

  1. Lan Houses – 48%
  2. Casa de outra pessoa – 22%
  3. No trabalho – 21%
  4. Na escola – 14%
  5. Telecentros – 4%

Domicílios Brasileiros:

  1. 68,8% não têm computador
  2. 23,5% daqueles que têm, não possuem acesso a Internet

Problemas de Inclusão Digital estão relacionados a:

  1. Índice de distribuição de renda e de educação no País
  2. Custo elevado do computador
  3. Falta de habilidade com tecnologias digitais – 61%
  4. Falta de necessidade/interesse – 44%
  5. Falta de condições para pagar o acesso – 23%
  6. Não ter onde acessar – 21%

Cristina Vieira

Fonte: O Caminho para a cidadania – Revista Desenvolvimento – novembro/dezembro de 2009

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